A dor é, primariamente, uma experiência psicológica. É a forma mais universal de mal-estar humano e contribui muitas vezes para uma diminuição dramática da qualidade de vida.
Quando um tecido sofre danos, ocorre a liberação local de substâncias químicas, imediatamente detectadas pelas terminações nervosas. Um grupo de neurônios se encarrega de transmitir para o cérebro. Aí o impulso será percebido, localizado e interpretado – esse é o mecanismo da dor.
Mas ao contrário do que acontece na dor aguda, na dor crônica ou na dor generalizada como nos casos de pacientes fibromiálgicos, não há objetivo de alertar e suas causas podem ser ou não conhecidas. De toda forma, quando sua persistência vai além do tempo normal de cura, que pode ser, no máximo, de seis meses, é classificada como crônica.
Ela interfere em diversas áreas da vida do paciente, sendo um fator negativo para a saúde geral e que traz sintomas como ansiedade, irritabilidade, depressão, insônia, alterações no apetite e preocupação com o corpo, isso listando os mais comuns entre os pacientes com fibromialgia.
Por isso, na Creta entendemos que ao receber um relato de dor, temos a importante e desafiadora tarefa de avaliar cada caso. Equipes experientes e multidisciplinares são fundamentais nesse aspecto, pois além dos fatores físicos, precisamos ir além.
Um plano de tratamento adequado na fibromialgia acontece após uma cuidadosa avaliação, que se baseia inclusive em fatores cognitivos, afetivos e comportamentais, contexto social, cultural e familiar de cada paciente, ou como podemos chamar de abordagem biopsicossocial, buscando determinar o quanto estes fatores e contextos intensificam a experiência da dor ou impedem a reabilitação.
O acompanhamento psicológico é, atualmente, uma ferramenta complementar de grande valor e pode ser realizado em simultâneo com fisioterapia e o tratamento medicamentoso, por exemplo.
Lembre-se: sentir dor não é normal! Caso você esteja com algum desconforto, procure um médico!
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