Vasculites são inflamações dos vasos sanguíneos. Essas inflamações dificultam o fluxo sanguíneo a todos os sistemas do corpo, o que pode causar inúmeras complicações.
As vasculites acontecem quando os vasos sanguíneos são invadidos por células do sistema imunológico, e podem ser divididas em 2 tipos.
Vasculites primárias são manifestações de causas desconhecidas, e causam a inflamação dos vasos sanguíneos, como alvo principal da doença. As vasculites secundárias ocorrem em decorrência de doenças autoimunes pré existentes, infecções ou mesmo devido a exposição a substâncias lícitas ou ilícitas.
Um dos tipos de vasculite primária conhecidos é a Arterite de Takayasu, uma manifestação crônica, que atinge a aorta e seus ramos primários.
A AT, como é conhecida, atinge pessoas de ambos os sexos, normalmente entre os 10 e os 40 anos, e é muito mais frequente em pessoas do sexo feminino (80% a 90% dos casos).
Seus sintomas iniciais são genéricos e pouco específicos, como cansaço, perda de peso e febre. Como a artéria é seriamente comprometida pela doença, o aporte de oxigênio também acaba reduzido, causando fadiga.
Com a progressão da doença, o fluxo de oxigênio para extremidades do corpo, como braços e pernas, também se torna comprometido, o que pode ocasionar dores nessas partes do corpo.
A arterite de Takayasu tem progressão lenta, o que significa que o diagnóstico pode acontecer muito tempo após o início da doença.
Por ter caráter crônico, não há cura para as vasculites. O tratamento da AT tem, como papel principal, o controle da doença o mais rapidamente possível, no processo de indução. Então, o tratamento entra na fase de manutenção, realizada com consultas frequentes.
Há casos em que a doença entra em remissão, mas volta à atividade sem causa aparente. Por isso, a frequência de consultas e monitoramento da doença são fundamentais.
A utilização de medicamentos biológicos, como o rituximabe, se mostrou eficaz na indução à remissão. O monitoramento de longo prazo, mesmo após a remissão, também se faz útil, devido à possibilidade de a doença voltar a se manifestar.
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